Nunca as pessoas procuraram tantas fórmulas para buscar serenidade e
compreensão diante dos dilemas emocionas da vida. Muitos fazem terapia,
outros se apoiam em medicamentos, há os que consomem literatura
filosófica, psicanalítica ou de autoajuda, há quem busque respostas na
astrologia, os que se consolam na religião, mas ainda que tudo isso (ou
algo disso) ajude a lidar com os questionamentos que nos pertubam, nada
parece convincente o bastante. Alguém consegue ter 100% de certeza sobre
as escolhas que deve fazer? Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou
recusa? Todos os dias tomamos decisões, a maioria delas corriqueira, mas
há momentos em que nos sentimos paralisados pela dúvida. O tão
propagado autoconhecimento nós dá uma pista sobre o caminho a seguir,
mas decidir é sempre tenso e desgastante. Nessas horas de extrema
fragilidade é que a gente torce para que não seja preciso decidir nada:
tudo o que se quer é que o destino interfira.
E ele interfere. Um telefone que toca, um email que chega, um convite que é feito, uma pessoa que nos é apresentada. Uma trivialidade qualquer pode dar a você as respostas que não tinha. Ou simplesmente aniquilar com suas perguntas, o que é ainda melhor. Tudo o que se espera do destino é que ele assuma o comando por nós.
Exemplo: uma amiga estava tentada a ceder às investidas do ex-marido, mesmo sabendo que a relação não tinha mais combustível. Ainda sentia algo por ele, mas temia sofrer tudo o que já havia sofrido antes. Ainda assim, pensava: por que não dar outra chance? Por outro lado, vale a pena percorrer o mesmo caminho já trilhado? Enquanto se consumia entre o medo de voltar para um amor insatisfatório e o medo de perdê-lo para sempre, o destino resolveu o caso: ao entrar no elevador pela manhã, ela encontrou um moço que estava perdido, sem saber em que andar descer para visitar um amigo. Dias depois recebeu um email desse mesmo moço e o resto da história fica a critério cada um.
Outro exemplo: um homem havia recebido uma proposta para trabalhar em São Paulo, mas isso significaria ter que deixar a mulher e a filha em Porto Alegre, já que a carreira bem-sucedida dela a impedia de acompanhá-lo. Ele, por sua vez, estava ganhando mal, sentindo-se degiado no emprego, e a nova oferta de emprego solucionaria essa questão, mas não tinha vontade de ir sozinho para uma cidade onde não conhecia ninguém. Fosse qual fosse a decisão tomada, haveria um custo emocional. Foi passar um feriado no Uruguai para espairecer e pensar melhor, ganhou uma bolada no cassino e investiu o dinheiro numa pequena sociedade com um ex-colega da faculdade, alterando completamente seu rumo profissional, sem precisar se mudar.
Vai ou fica? Arrisca ou espera? Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.
Martha Medeiros
E ele interfere. Um telefone que toca, um email que chega, um convite que é feito, uma pessoa que nos é apresentada. Uma trivialidade qualquer pode dar a você as respostas que não tinha. Ou simplesmente aniquilar com suas perguntas, o que é ainda melhor. Tudo o que se espera do destino é que ele assuma o comando por nós.
Exemplo: uma amiga estava tentada a ceder às investidas do ex-marido, mesmo sabendo que a relação não tinha mais combustível. Ainda sentia algo por ele, mas temia sofrer tudo o que já havia sofrido antes. Ainda assim, pensava: por que não dar outra chance? Por outro lado, vale a pena percorrer o mesmo caminho já trilhado? Enquanto se consumia entre o medo de voltar para um amor insatisfatório e o medo de perdê-lo para sempre, o destino resolveu o caso: ao entrar no elevador pela manhã, ela encontrou um moço que estava perdido, sem saber em que andar descer para visitar um amigo. Dias depois recebeu um email desse mesmo moço e o resto da história fica a critério cada um.
Outro exemplo: um homem havia recebido uma proposta para trabalhar em São Paulo, mas isso significaria ter que deixar a mulher e a filha em Porto Alegre, já que a carreira bem-sucedida dela a impedia de acompanhá-lo. Ele, por sua vez, estava ganhando mal, sentindo-se degiado no emprego, e a nova oferta de emprego solucionaria essa questão, mas não tinha vontade de ir sozinho para uma cidade onde não conhecia ninguém. Fosse qual fosse a decisão tomada, haveria um custo emocional. Foi passar um feriado no Uruguai para espairecer e pensar melhor, ganhou uma bolada no cassino e investiu o dinheiro numa pequena sociedade com um ex-colega da faculdade, alterando completamente seu rumo profissional, sem precisar se mudar.
Vai ou fica? Arrisca ou espera? Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.
Martha Medeiros
4 comentários:
Bom dia,Mari!São poucas as certezas que temos na vida e a cada momento é preciso escolher e parece que a vida nos dá sinais todos os dias do que devemos fazer,mas é preciso estar atento para percebê-los.Lindo texto e esse eu não conhecia.
Beijossss
La Vida siempre esta guiada por el destino. Es cierto que ese destino lo podemos modelar un poco con nuestras actitudes y aptitudes, percantándonos de las señales que nos puede ofrecer.
Um abraço.
Mari, não acredito em destino. A doutrina espirita nos explica que algumas coisas são definidas por nós na espiritualidade, antes do renascimento e outras vamos moldando de acordo com nossas escolhas. Na verdade é preciso aprender a escolher e as respostas estão dentro de nós. Basta tenhamos sensibilidade para percebê-las. E se não tivermos, errar faz parte do aprendizado. Muita paz!
Mari,
penso que nada acontece sem a permissão de Deus. Antes mesmo da nossa concepção Ele já havia traçado planos p a nossa vida. É verdade que entram as escolhas e adversidades! Tenho conhecido o Deus que ama, restaura e traz o verdadeiro sentido à existência!
(Tenho tentado comentar aqui e não tenho conseguido, por isso estou usando outro meio)!
Bjs e carinho
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